Após decretar falência, um dos hospitais mais tradicionais da cidade encerrou suas atividades no mês de julho, depois de mais de 30 anos de serviços prestados a pacientes de toda a região.
Com problemas financeiros o local foi diminuindo o quadro de funcionários, assim as atividades foram comprometidas. O empreendimento acumula dívidas e um processo trabalhista coletivo, chamado processo piloto, que reúne causas de cerca de 70 antigos servidores.
Uma das primeiras medidas tomadas pela Vara do Trabalho de Picos foi a indisponibilidade dos bens de 11 pessoas identificadas como sócios do hospital, uma vez que o empreendimento não possuía bens em seu nome.
"Após essa medida os sócios procuraram a Justiça do Trabalho e acenaram uma solução para o problema. Marcamos duas reuniões e nelas ficou acertado a entrega do imóvel, onde funcionou o hospital, à Justiça do Trabalho para ser alienado", explicou o juiz titular da titular da Vara do Trabalho de Picos, Ferdinand Gomes dos Santos.
O prédio localizado na avenida Severo Eulálio, bairro Canto da Várzea, passou por duas avaliações, sendo elas uma privada e uma judicial, que resultaram em valores de venda diferentes.
"Há duas avaliações. Uma oficial, da própria Vara do Trabalho de Picos, no valor aproximado de R$ 2.500.000,00; e outra, de um dos sócios do hospital, no valor de aproximadamente R$ 3.500.000,00. Determinei, portanto, que seja feita uma nova avaliação, agora por uma equipe do TRT. De todo modo, a avaliação é apenas e sempre um valor sugestivo, não vinculante, pois o mercado é quem vai definir o preço da alienação", explicou o juiz.
Ferdinand afirmou ainda, que as negociações com potenciais compradores já estão em andamento, uma vez que se trata de um imóvel muito bem localizado.
Quem adquirir o imóvel deverá recebê-lo em cerca de 60 dias. A Justiça do Trabalho acredita que a venda deva acontecer ainda no primeiro semestre de 2018.
Picos40graus