Piauí tem o segundo maior percentual de analfabetos acima de 15 anos de idade, de 17,2%, ganhando apenas do estado de Alagoas, que é de 19,4%, e bem acima do percentual do Brasil, que é de 7,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou na quinta-feira, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, 17,2% da população piauiense, acima de 15 anos, não consegue escrever um bilhete simples, como "Maria vai ao mercado". Seguido do Piauí vem o Maranhão (16,7%) e a Paraíba (16,3%). Com menor taxa está o Distrito Federal, onde 2,6% da população é considerada analfabeta. A taxa do Nordeste é também a pior entre as regiões: 14,8%.
No Brasil, 41,8% da população não completou o ensino fundamental. Destes, 11,2% sequer iniciaram os estudos. Os dados também revelam que a população que completou o ensino médio soma apenas 26,3% do total e apenas 15,3% completaram o ensino superior. A PNAD mostra que, em relação ao sexo, os percentuais estão bem próximos. A maior diferença é em relação ao ensino superior: a taxa de mulheres que completam a graduação é 16,9% e a dos homens 13,5%.
Já com relação à cor, os percentuais são bem distantes, principalmente, nos quesitos "sem instrução", no qual a taxa de analfabetismo dos brancos é de 7,3% e dos pretos ou pardos, 14,7 e "superior completo", no qual ocorre o inverso: 22,2% dos brancos completou a graduação e o percentual dos pretos e pardos é de 8,8%.
No país, a maior taxa compreende a população de pretos ou pardos, com mais de 60 anos de idade: 30,7%. A menor taxa concentra a população branca, de 15 anos ou mais: 4,2%. A meta do governo federal era chegar a 2016 com uma taxa de analfabetismo de 6,5% no país, mas infelizmente o número não foi cumprido. Em longo prazo, a meta é erradicar o analfabetismo até 2024.
Estado tem uma média de 6,3 anos de estudos
A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE na quinta-feira, revela que no Piauí a população estudou em média 6,3 anos. A maior média de anos de estudos é no Distrito Federal, com 10,1 anos; a menor é em Alagoas: 6,1 anos. No Nordeste, a população do Piauí estuda mais tempo que a dos estados do Maranhão (6,2%) e Alagoas (6,1%)
No Brasil, a população estuda em média 8 anos. No Nordeste, a média é a menor do país: 6,7 anos. A maior média está no Sudeste, onde as pessoas estudam, em média, 8,8 anos. As mulheres (8,2 anos) estudam mais que os homens (7,8 anos). E os brancos (9%), mais que os pretos ou pardos (7,1%).
No Brasil, 24,8 milhões de pessoas de 14 a 29 anos não frequentavam escola e não haviam passado por todo ciclo educacional até a conclusão do ensino superior. Desse grupo, 52,3% eram homens e mais da metade deles declararam não estar estudando por conta do trabalho, além de 24,1% não terem interesse em continuar os estudos. Entre as mulheres, 30,5% não estudavam por conta de trabalho, 26,1% por causa de afazeres domésticos ou do cuidado de pessoas e 14,9% por não terem interesse.
Fonte: Meio Norte