A partir deste sábado (4), 14 hospitais do estado vão passar a realizar testes rápidos para o diagnóstico do novo coronavírus. Nos últimos dois dias chegaram ao Piauí 18 mil kits para a realização dos exames. São oito mil enviados pelo Ministério da Saúde e 10 mil kits comprados na China pelo governo do estado. Com recursos próprios, o estado comprou 120 mil exames, investindo cerca de R$ 30 milhões.
O governador Wellington Dias (PT) anunciou que a prioridade da testagem são os profissionais que trabalham na linha de frente no combate ao vírus: os profissionais da saúde, policiais e os pacientes com suspeita da doença.
“Discutimos exatamente como serão realizados os testes. Primeiramente, todas as pessoas que estão na linha de frente devem ser testadas: os profissionais de saúde, as pessoas que estão trabalhando nas barreiras sanitárias, como a Vigilância Sanitária, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, médicos legistas, que estão nos aeroportos e alargando a escala para as pessoas que estão vulneráveis. O objetivo é melhorar nossa capacidade de resposta”, afirmou o governador.
Além dos 10 mil testes que chegaram ao estado hoje (3), há previsão de outros 10 mil testes chegarem até segunda-feira (6), adquiridos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).
Teste em 15 minutos
De acordo com o Ministério da Saúde, os resultados dos testes rápidos saem praticamente na mesma hora, duram cerca de 15 a 30 minutos.
O teste rápido é indicado apenas entre o sétimo e décimo dia do início dos sintomas, como febre e tosse. Não é recomendado para uso em toda a população, uma vez que não consegue diagnosticar o início da doença.
“É um teste rápido, mas ele mede o anticorpo. Você teve a gripe, que pode ser de qualquer vírus e, no sétimo dia, a gente fala que a gripe que você está ou que já acabou era causada pelo coronavírus. Esse teste vai ser fundamental para a gente saber se aquela enfermeira, aquele médico ou o profissional de segurança, que teve uma gripe ou que está com uma gripe, testou positivo para coronavírus. Se sim, vamos tratar de um jeito. Se não, poderá retornar ao trabalho”, explica o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Fonte: Cidades em Foco